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Projeto do Governo quer dobrar redes de transporte público metropolitano

Projeto do Governo quer dobrar redes de transporte público metropolitano

Há potencial para que isso ocorra até 2054. Estudos foram debatidos com estados e municípios e estão detalhados em publicação do Ministério das Cidades e do BNDES

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Brasília (DF) - O Brasil tem potencial para ganhar cerca de 2.500 quilômetros de novas redes de transporte público coletivo de média e alta capacidade (TPC-MAC) até 2054. Atualmente, a rede de transporte público nessas localidades tem 2.007 quilômetros de extensão. A projeção, que inclui a expansão de metrôs, VLTs, BRTs e corredores exclusivos de ônibus, foi divulgada na 4ª edição do Boletim Informativo do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU) , realizado pelo Ministério das Cidades em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


As propostas abrangem as 21 maiores regiões metropolitanas do país e foram desenvolvidas a partir da análise dos 400 projetos levantados e divulgados na 3ª edição do Boletim Informativo , em março deste ano. Com base em dados locais e projeções de demanda até 2054, o estudo estruturou a Rede Futura de TPC-MAC, validada em reuniões com gestores estaduais e municipais, promovidas pelo Ministério das Cidades ao longo de junho.


Como resultado dos encontros, 200 projetos prioritários foram selecionados. Eles irão compor o primeiro Banco Nacional de Projetos, base para o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e orientarão o planejamento de investimentos em mobilidade urbana ao longo das próximas três décadas. Os projetos não se limitaram à avaliação dos planos já existentes: os consultores do ENMU também sugeriram novos investimentos para a mobilidade urbana seguir avançando.


“Estamos fortalecendo o planejamento urbano com base em dados concretos, que nos permitem identificar prioridades e orientar ações de médio e longo prazo. Nosso foco, com a mobilidade urbana, é tornar o transporte coletivo mais eficiente, dinâmico e sustentável, assegurando qualidade de vida à população. Reduzir o tempo de deslocamento, com conforto e segurança, transforma a forma como as pessoas vivem, acessam oportunidades e se relacionam com as cidades”, afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho.


As ampliações previstas somam 2.446 quilômetros, divididas entre diferentes meios de transporte, como metrôs (323 km), trens urbanos (96 km), BRTs/VLTs/monotrilhos (1.930 km) e corredores de ônibus (157 km). As 21 RMs que integram a iniciativa são: Belém, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Distrito Federal, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Santos, São Luís, São Paulo, Teresina e Vitória.


“Esse é um projeto pioneiro, inédito, que busca enfrentar os maiores desafios de mobilidade urbana, nas maiores regiões do Brasil. O objetivo é estabelecer quais serão os principais investimentos necessários para o transporte de média e alta capacidade”, destacou o Secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Denis Andia.


“Queremos otimizar os recursos públicos federal, estaduais e municipais, canalizando os esforços de todos para as mesmas obras e também modelando os investimentos”, complementou.


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Mais perto de casa
De todas as regiões metropolitanas estudadas, 80% delas podem alcançar, no futuro, ao menos 30% da população morando a até um quilômetro de distância de estações de transporte público, com efeito progressivo no atendimento à população mais vulnerável. Em sete das regiões, esse índice pode passar de 40%. Hoje, a média é de apenas 13%.


“O investimento em corredores de transporte mais eficientes é uma política pública necessária para ampliar o acesso a oportunidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas, especialmente das populações mais carentes. Além disso, contribui para o aumento da produtividade e a dinamização da economia nas grandes cidades”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.


O estudo trouxe mais resultados inéditos ao simular os impactos das redes futuras em um “cenário otimizado”. Esse panorama considera a adoção de políticas públicas voltadas à mobilidade sustentável, como a tarifa módica, a integração tarifária e o desestímulo ao transporte individual motorizado.


As simulações demonstram que as medidas podem ampliar a oferta e a cobertura dos serviços, além de incentivar o uso do transporte público coletivo. A expectativa é que haja mais acessibilidade para a população, reduzindo a desigualdade e melhorando a eficiência nos sistemas de transporte.


Próximos passos
Nos próximos meses, o ENMU se dedicará à elaboração do banco de projetos, que trará o detalhamento técnico e financeiro dos cerca de 200 projetos estratégicos por meio de “Fichas de Projeto”. Cada ficha irá conter estimativas de investimento, custos, receitas, benefícios e análises econômico-financeiras preliminares, de forma a orientar a prioridade de investimentos nas regiões metropolitanas.


Com sua abrangência técnica, visão de futuro e articulação interfederativa, o estudo tem se consolidado como um dos programas mais inovadores em curso no país, um verdadeiro marco no planejamento da mobilidade urbana brasileira.

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